Fuga da Prisão: Tudo Sobre o Crime de Evasão em Portugal

Cinco reclusos fugiram recentemente de uma das prisões mais seguras de Portugal (EP de Vale dos Judeus), levantando sérias questões sobre a segurança e o controlo do sistema prisional. Mas o que acontece a quem foge da prisão? E quais são as consequências legais para quem comete o crime de evasão?

Fuga da Prisão: Tudo Sobre o Crime de Evasão em Portugal

Fugir da prisão compromete a segurança pública e desafia diretamente a autoridade da Justiça e de um país. Por isso mesmo, a legislação portuguesa define claramente as consequências deste tipo de ação. O Código Penal, no seu artigo 352.º, estipula que qualquer pessoa legalmente privada da liberdade — seja por uma pena de prisão, prisão preventiva ou obrigação de permanência na habitação (prisão domiciliária) — que se evade ou foge, comete o crime de evasão.

Quem cometer este crime pode enfrentar uma pena de prisão até 2 anos. Portanto, um recluso condenado a cumprir 5 anos de prisão, por exemplo, se conseguir escapar e for recapturado, poderá ver a sua pena aumentar em até 2 anos. Assim, a pena total pode chegar a 7 anos, devido ao crime de evasão.

Consequências Disciplinares para a Fuga da Prisão

A fuga de um recluso não resulta apenas numa pena adicional. De acordo com o Código de Execução de Penas, esta conduta é tida como uma infração disciplinar grave. Quando o recluso é recapturado, pode enfrentar sanções adicionais, como a proibição de sair da sua cela por até 30 dias. Com estas medidas, o sistema penal procura desincentivar novas tentativas de fuga e reforçar o controlo sobre os reclusos.

Ajuda Externa e o Crime de Tirada de Presos

Muitas fugas, como a que ocorreu recentemente em Portugal, acontecem com o auxílio de terceiros. A lei portuguesa prevê penas para quem ajudar na fuga de um recluso. Quem auxilia nesta situação comete o crime de “Tirada de Presos”, sujeito a uma pena de prisão até 5 anos. Esse tipo de colaboração externa agrava a situação legal de todos os envolvidos e demonstra a seriedade com que a Justiça trata estes casos.

Justiça e Exemplo: Penalização RigorosaA propósito de fuga da prisão e do crime de evasão, vemos uma silhueta em sobra dentro de uma prisão, junto à janela.

Quando as autoridades conseguem capturar e julgar os reclusos fugitivos, bem como os seus cúmplices, estes podem enfrentar penas de prisão efetivas. A Justiça não apenas procura punir o crime, mas também enviar uma mensagem clara à sociedade de que tais atos não são tolerados. Desta forma, pretende assegurar a segurança e a confiança da sociedade no sistema legal.

Conclusão

O crime de evasão e a ajuda na fuga de reclusos merecem uma abordagem rigorosa por parte da Justiça portuguesa. Para além das penas previstas, estas ações geram consequências disciplinares graves para os envolvidos. Este facto reforça a importância de respeitar as normas legais e manter a ordem pública. O recente caso de fuga em Portugal sublinha a necessidade de uma segurança robusta nas prisões e o papel fundamental da Justiça em preservar a integridade do sistema penal.

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